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Vai Sem Medo
02:30
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1) VAI SEM MEDO 2:30
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
BR-2F0-10-00001
Se o vento sopra lá de longe
É pra fazer-lhe companhia
Se até o coração ligeiro vacilar perde a alegria
Vai sem medo
Vai sem medo
Vai sem medo, o mundo acorda cedo
Do barro fez a sua casa
Da palha, o seu cobertor
E agora tem o dia inteiro pra fugir do caçador
Num voo só
Num voo só
Num voo só
Voo só
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Botando na Caçamba
04:01
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2) BOTANDO NA CAÇAMBA 4:01
(Brenno Quadros / Bruno Keleta / Marcelo Castilho)
Faz um tempo
Eu me peguei mudando
Botei na caçamba tantos outros anos
E de súbito
Quase que hesitei
No exato instante em que me debrucei
Refrão:
Na melodia
Que me envolvia
O que fizeste eu não sei
Só te queria
Aliás, o que eu quero é você
Faz uns dias
Eu me peguei sonhando
Eu devo admitir que eu sonho tanto
Minha avó dizia:
"Menino, louvai os santos!"
Milagres não constam no meu trilho urbano
(Refrão)
Entrei na bolha e flutuei como devia
Só que como estourá-la eu não sei
Nem quero saber
Meu peito andava todo estraçalhado
E agora, todo troncho, recolho os pedaços no chão
Que eu mesmo pisei
Sem ao menos saber
Faz uns dias
Eu me reinventei
Coincidentemente quando te encontrei
Botando abaixo
Muralhas que ergui
Meu império tombou sem eu resistir
(Refrão)
É você pra mim
É você pra mim
É você pra mim
É você pra mim
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3. |
Jesus
03:48
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3) JESUS 3:48
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
De cabelos compridos
Feição tão profana
Jesus vem descendo
Em Copacabana
Abençoando a cachaça
Abençoando a cachaça
E o povo embaixo grita: "Force, fuce, faça!"
Seus olhos verdes lacrimejam de graça
Cansei de apanhar
Preces nos ouvidos
No hotel vou transar
Crioula sem juízo
O que eu quero é sambar
O que eu quero é sambar
E o povo embaixo grita: "Force, fuce, faça!"
Seus olhos verdes lacrimejam de graça
Quebre seu relógio
Abandone esse terno
A nova era chegou
O que eu quero é o inferno
Pai, você é brasileiro?
Pai, você é brasileiro?
Subiu o morro e se engasgou com a fumaça
Mengão ganhou, ele vibrou com a taça
Sobre a água salgada
Ele andou e sorriu
Aplaudido por todos
Da areia subiu
E o que eu quero é sambar
O que eu quero é sambar
E o povo embaixo grita: "Force, fuce, faça!"
Seus olhos verdes lacrimejam de graça
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4. |
Capoeira
04:03
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4) CAPOEIRA 4:03
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Vem, desce morena
Na praça, serena
A me agraciar
Já fito, pequena
Em meio às dezenas
Que vêm me açoitar (me apoquentar)
Entra no giro da roda
E é o nome da rosa
Que eu clamo ao dormir
Berimbau, Coca-Cola
O pandeiro é escola
Pra quem construir
Capoeira, vâmo lá
Entra na roda a gingar
Capoeira, ê camará
Entra na roda a rezar
Entra na roda a jogar
Entra na roda
Quando cai sexta-feira
Esquece a canseira
Bem perto da beira do mar
É capoeira, de cá
É capoeira, pra lá
É capoeira
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5. |
A Indesejada
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5) A INDESEJADA 5:02
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Te vejo me esperando na esquina
Estampada no jornal
E na fome do menino
Que canta o hino
E se a maré virar?
E quando o sinal fechar?
Depressa até faço promessa pra não me buscar
Seu padre na igreja toca o sino
Todos a anunciar
Mais um filho despedindo
No domingo
E se a maré virar?
E quando o sinal fechar?
Depressa até faço promessa pra não me buscar
E quem ficar
Tem mais viver
Tem mais penar
Tem mais cantar
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6. |
A Máquina
04:14
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6) A MÁQUINA 4:14
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Com máquinas gigantes controlam os cérebros
Pra ver se não migramos da situação
Conspiram e aspiram meu mundo
E num click, num switch, sempre mudam a nossa estação
Quando tão perto da lucidez
Quando tão perto
Enxugam as lágrimas de quem não pode ver
Nem a meio palmo à frente do que chamam de real
Cercam todo pasto ordenando seus carneiros
Definindo toda essa normalidade colossal
Quando tão perto da comoção
Quando tão perto
Refrão:
Mas eu sei
Que o amor
Ainda vai
Nos salvar
E eu penso seriamente em te dizer:
"A vida não é assim"
Mas é que eu penso seriamente em te dizer
O ruído da realidade ainda está pra ser ouvido
Pelas portas e janelas que recusam a se fechar
Trinco os meus dentes afiando a paciência
À espera do duelo a que vieram me chamar
Quando tão perto do coração
Quando tão perto
(Refrão)
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7. |
Fazendo Cena
03:30
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7) FAZENDO CENA 3:30
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Até você fazendo cena
Não era pra ser assim
E não venha mais
Me acalmar
Se desculpar
Se perceber que não era você
Será que isso vale a pena
Não sei, não
Sabe, eu te vejo aí perdida
E não tenta mais
Se consertar
Só se embriagar
Se contradizer
Tente se salvar
Por quê demora para perceber?
Tudo já está aí
Para lhe proteger
Só não quer acreditar
É em você
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8. |
Mi Menor
04:33
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8) MI MENOR 4:33
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Traçante
Teu olhar se desvia
Sobre o torto
Sobre os teus
Cortante
Ao falar denuncia
O negro, a mulher
E Deus
Do dinheiro escorre o teu sangue
Abortando os dementes
Procurando alguém pra amar
Animal
Na jaula, purifica
Os pulmões, com orgulho
Em ter tanto nada
Rabiscam teu passaporte
Todos te pertencem
Mas você não pertence a ninguém
Ninguém perturba o teu sono
Só contam as histórias de glória
Procurando alguém pra amar
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9. |
Debaixo dos Panos
03:07
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9) DEBAIXO DOS PANOS 3:08
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Me ofereceu um scotch
Me chamou pra dançar
No pé da serra um blues
Dois pra cá, dois pra lá
Pertinho da lareira
Apressado comi crua
Toquei seus seios, sua pele
Beijei-a quase nua
Eu gritava seu nome
E você gritava o meu
Mas a culpa nos consome
Seu nome lembra flor
Seu cheiro também
Eis que não me encontro
Em mais ninguém
Por debaixo dos panos
Eu fazia os meus planos
Por debaixo dos panos
Que doce engano
E agora age feito louca
Perto de mim, não faz assim
E agora age feito louca
Perto de mim, não faz assim
Não, meu bem
Meu bem
Que doce engano
Aquele scotch
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10. |
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10) SOBRE FANTASIAS E INVENÇÕES 3:26
(Brenno Quadros/ Bruno Keleta/ Caio Moraes/ Marcelo Castilho)
Pra quê fingir, se não sentes mais nada?
A essência da vida eu vejo engarrafada
A natureza está morta
A bicicleta já torta
Um retrato em cinzas só pra me exibir
Venha pra perto, fujamos de casa
Em rumo incerto seguiremos sem asa
Há uma ferida exposta
Vire-se de costas
Esqueça do resto e me deixa sentir
Abram suas cabeças, os Ganeshas chegaram
Atraindo boa sorte e removendo obstáculos do caminho de suas vidas
Vamos esquecer de tudo por um instante
Nos fantasiar de moscas gigantes, morangos, hortelãs
E inventar trinta coisas pelo amanhã
Porque nunca é tarde pra começar tudo de novo
Vomitaremos pedras de gelo de sangue
Formatadas rolarão conosco no mangue
Grita que me ama
Na dança me chama
Sujaremos nossos pés depois de sumir
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11. |
Trem
03:29
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11) TREM 3:30
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Quem sabe o que virá
Vai saber o que é que tem
Atrás desse trem
E quem ficar pra ver
Corre o risco de se perder
Se é por isso, eu fico
E se descarrilhar, vou estar lá pra ver
Pode tropeçar, só que ninguém pode parar
Esse trem
Pra quê tuas pernas balançam
Se o teu fruto é sempre igual
Quando não tremer?
Espanta esses mosquitos
Que só voam quando aflitos
Melhor assim
E se é pra lutar, não há tempo pra perder
Pode não andar, só que ninguém pode parar
Esse trem
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12. |
Tá Tudo Bem
02:25
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12) TÁ TUDO BEM 2:25
(Brenno Quadros / Bruno Keleta)
Pode dormir agora
Não tenha medo
Já foram embora
Botar bandeira
Do outro lado
Do lado errado
Tá tudo bem
Não há mais perigo
No nosso abrigo
Vamos sonhar
No nosso mundo
Contar estrela
De brincadeira
Tá tudo bem
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